RB – ESTUDOS, SA

Una gaviota jugando con el viento

RB (já velhote) – «Reflexões»

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Written by RB Estudos, SA

10 de Outubro de 2015 at 14:48

«Eleger os órgãos do Poder» – Rogerio Barroso

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RBB - escritor - de charuto - com nome

 

 

 

 

 

 

 

Eleger os órgãos do Poder

escrito para a revista VisãoOnLine em 13 de Outubro de 2003, no escritório de Loulé, e revisto e aperfeiçoado para este livro, no dia seguinte.

 

Serão, (certamente!…), muitos os erros processuais neste dito processo, o dito da Casa Pia.

Como, na generalidade do mesmo – se é que é só um! -, ainda preside o Segredo de Justiça, é da evidência que o público ainda não tem conhecimento de todos esses erros – – devemos esperar até que talvez a “procissão ainda vá no adro”!

O Governo e os Partidos que o apoiam investiram forte neste processo, com o qual se propuseram galgar o seu adversário político-partidário mais bem posicionado na luta inter-partidos, a que geralmente se tem chamado “luta democrática”, o qual é conhecido por Partido Socialista.

Claro que, a este nível de agressão, a dita luta não parece nada democrática, atentos os efeitos que vai tendo na vida das pessoas e, em particular, na vida dos visados neste processo judicial.

O reconhecimento de alguns erros fundamentais no processo que respeita ao Dr. Paulo Pedroso, longe de poder ser interpretado – como querem o Governo e os Partidos que o apoiam – como o sinal de que a Justiça funciona, é verdadeiramente o sinal de que:

  1. a Justiça funciona mal,
  2. de que a Justiça não funciona para defender os direitos de todos os cidadãos e
  3. de que a Justiça funciona para espezinhar os direitos dos cidadãos, com subvalorização, neste caso concreto, dos direitos de um personagem político importante, pertencente ao partido adversário do Governo e dos Partidos que o apoiam, aliás o partido adversário mais bem posicionado e – a crer nas sondagens – mais bem posicionado no “ranking” dos votos do que os seus dois adversários – – agora governamentais – juntos.
  4.             Efectivamente, a observadores como eu, já tinham ressaltado factos que deixam dúvidas sérias de pé:
  1. o englobamento de todos os já conhecidos Arguidos num processo só – incluindo o famoso Bibi;
  2. o súbito aparecimento, para julgamento actual, de um processo em que, por factos semelhantes, tirados em altura muito aproximada aos factos em que parecem estar indiciados os outros Arguidos, neste qual é arguido apenas o dito Bibi;
  3. a demora exagerada do desfecho do Inquérito em que são arguidos os restantes mencionados, quando é verdade que a lei – artº.s 276º., 277º. e 215º. do Código do Processo Penal, e 299º., 312º, 315º., 318º., 319º., 326º., 331º., e 333º., do Código Penal – determina que o Inquérito não pode perdurar por mais de doze meses, e é necessário que, neste caso, tenhamos em consideração:
  1. que se trata aqui de uma Associação Criminosa – na medida em que, em relação a qualquer dos crimes relativos àquilo que a Comunicação Social chama Pedofilia, a lei manda que o Inquérito esteja terminado, com Acusação deduzida ou mandado arquivar sem mais procedimento, no prazo de 6 meses;
  2. que o procedimento se revela complexo – mas não vale se é ou não complicado para os investigadores, sejam Polícias, Procuradores da República ou Juízes de Instrução;
  3. que essa complexidade seja excepcional – e não que seja uma complexidade em regra, e não que seja uma complexidade habitual em procedimentos judiciais;
  4. que essa excepcional complexidade seja devida ao elevado número de arguidos ou ofendidos, ou então seja devida ao carácter altamente organizado dos crimes em indiciamento;
  1. o “finca-pé” da Polícia Judiciária e do Ministério Público – chamo a vossa atenção particular para o facto de qualquer destes órgão do Estado, qualquer deles apetrechados com uma grossa fatia do poder coercivo e violento a que o Estado se arroga, face à sua Constituição Democrática, como, aliás, já se arrogava face às restantes Constituições não tidas como tal!… não serem democraticamente eleitos (ou lá como se chama essa coisa!) – em não deixarem aparecer ou ouvir correctamente a voz das testemunhas que dizem ter, nem, tão pouco!, ver-lhe claramente a cara ou os olhos;
  2. as birras destas duas instituições, quando ameaçaram desistir do pedido de inquirição dessas alegadas testemunhas para memória futura, se o Juiz de Instrução persistisse na sua inquirição às claras, frente ao tribunal, aos Arguidos e aos seus Mandatários Forenses;
  3. as declarações por psicólogo e psiquiatra pouco escrupulosos – envolvidos de perto com as gentes do CDS e apoiados pelo 5º. Poder – a Comunicação Social que tem poder – de que as “criancinhas”: uma queria fugir para o estrangeiro, outras se queriam matar, outras se queixavam de serem ameaçadas…;
  4.             O Tribunal da Relação de Lisboa veio clarificar as coisas e, compulsados os Autos, a instâncias do Tribunal Constitucional, disse:
  1. não ter sido cumprida a lei ao negar-se a informação ao Arguido Paulo Pedroso de quais os motivos e respectivos detalhes, pelos quais lhe era decretada a prisão preventiva;
  2. não ter sido cumprida a lei ao aplicar-se-lhe a prisão preventiva sem que houvesse nos Autos quaisquer indícios da prática de qualquer crime punível, em abstracto, com a pena máxima superior a 3 anos de prisão;
  3. não ter sido cumprida a lei ao aplicar-se-lhe a prisão preventiva sem que houvesse nos Autos quaisquer fundamentos de que se receassem os perigos concretos de fuga, e/ou de continuação da actividade criminosa indiciada, e/ou de alteração da ordem pública, atentas a natureza dos crimes indiciados e a personalidade do Arguido, e/ou de dificultação ou de destruição da prova perturbando o Inquérito;
  4. não ter sido cumprida a lei ao aplicar-se-lhe a prisão preventiva tendo a identificação do Arguido sido feita irregularmente pelas testemunhas frente aos polícias, e sendo irrelevantes as escutas telefónicas efectuadas;
  5. não ter sido cumprida a lei ao aplicar-se-lhe a prisão preventiva sem que houvesse nos Autos quaisquer indícios, sequer, da prática dos crimes indiciados;
  6. não ter o Ministério Público competência para a prossecução do procedimento criminal, por os crimes indiciados por este órgão e pela polícia serem crimes semi-públicos e, assim, dependentes de queixas, as quais não foram apresentadas nos Autos presentes ao Tribunal da Relação de Lisboa.            O Governo e os Partidos que o apoiam (parece que é assim de se deve dizer se politicamente correctos quisermos ser…), apostaram forte na descredibilização desse seu adversário político-partidário, mas – e o Governo e os partidos que o apoiam sabiam que tal podia acontecer e ser, portanto, o respeitante risco! – o “tiro” pode ter-lhes saído pela “culatra”.             É de esperar agora o contra-ataque dos visados, e esse contra-ataque já se iniciou com a questão da necessidade de um inquérito sobre os dois actuais ministros que foram mencionados como pedófilos – um dos quais é conhecido por “Catherine Deneuve” (Paulo Portas), e o outro por “Drogado” (Morais Sarmento), segundo a tal revista francesa –, como insistiu a embaixadora Ana Gomes, apesar da contrariação que levanta o chefe da bancada parlamentar do PS, o antigo Ministro da Justiça, Dr. António Costa.             Como sabemos, os Deputados são eleitos pelo Povo, como o são o Presidente da República, e os Autarcas.               Ora, como todos são forças de poderes públicos, ponho a velha questão: “Se é a polícia que nos defende, quem é que nos defende da polícia?!!!”.
  7.             Vamos aguardar e ver… e planear elegê-los todos!
  8.             Mas o Primeiro-ministro, os seus ministros, secretários e sub-secretários de Estado não o são, como o não são os juízes, o Procurador da República e seus delegados, os polícias, o Provedor de Justiça e os jornalistas e seus donos.
  9.             Aliás, se os epítetos postos aos mencionados «ministros-pedófilos» – já antes mencionados pela Macedo! – corresponderem efectivamente a dois pedófilos, talvez uns 70% dos portugueses, numa qualquer sondagem de opinião, acertassem no nome de cada qual dos ministros, facilitado pelo facto de os ministros serem tão poucos – aliás, cada vez menos!…
  10.  

Written by RB Estudos, SA

6 de Outubro de 2015 at 16:37

«A trapalhice dos Bimbos» – Rogerio Barroso

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A trapalhice dos Bimbos

a 7 de Outubro de 2003, entre Faro e Loulé, quando faz anos que começavam as aulas da minha escola primária

 

Este governo tinha um ministro que tinha um chefe de gabinete que ajudou o que era ministro a mandar entrar na universidade, à frente dos filhos da gente todos, a filha de um ministro que este governo ainda tem.

Este ministro que este governo ainda tem tinha convidado o chefe de gabinete do ministro que este governo tinha para secretário de estado no ministério do ministro que este governo ainda tem, e este chefe de gabinete e futuro secretário de estado tentou alterar ilegalmente a lei, para fazer uma “lei legal” que permitisse a tal entrada triunfal da filha do ministro que este governo ainda tem e que o convidou para secretário de estado no seu ministério.

(ainda pelas 11 horas da manhã)

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Andar de pé só se faz por estultícia ou por rectidão. Por isso é que a diferença entre os mircates sul africanos e estes homens é a de que os mircates não mordem a mão que lhes dá de comer, mas tão só as víboras do deserto e da mata.

 

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(já ao fim da tarde)

 

A locutora da Emissora Nacional (ex-RDP) disse, há pouco, que o Ministro dos Negócios Estrangeiros se afastou do cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros.

 

Assim sendo, e porque este governo – que tinha três ministros que agora já não tem e que se demitiram perante casos de abuso de poder, corrupção e compadrio – necessita de quem ocupe o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros, o cargo terá que ser ocupado por um que não seja Ministro dos Negócios Estrangeiros, uma vez que, segundo a locutora da Emissora Nacional, o Ministro dos Negócios Estrangeiros se afastou do cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros.

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“vejo tanto burro a mandar

em homem de inteligência,

que ainda um dia fico a pensar

que a burrice é uma ciência”

(in António Aleixo – “Este Livro que vos deixo”)

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Este governo tinha um ministro que foi abordado pelo seu chefe de gabinete no sentido de deferir um requerimento da filha de outro ministro que este governo tinha, para a prática de um acto ilegal, chefe de gabinete esse que havia sido convidado para secretário de estado dum outro ministro que este governo igualmente teve, e cuja filha aproveitaria de um acto ilegal, ilegalmente deferido pelo ministro que este governo teve e que foi abordado pelo seu chefe de gabinete que houvera sido convidado para secretário de estado do ministro – pai da filha aproveitadora – e que este governo também tinha.

Além destas ilegalidades, logo o seguir, foi levado a conselho de ministros, pelo primeiro dos ministros que este governo teve, um projecto de alteração à lei a que esse mesmo ministro desobedeceu ao dar provimento ao requerimento da filha do outro ministro que este governo também teve, para vir a apagar as ilegalidades cometidas pelo primeiro dos ministros que este governo teve e pelo segundo dos ministros que este governo teve, e pelo chefe de gabinete do primeiro dos ministros, o qual foi convidado para secretário de estado do segundo dos ministros.

O primeiro dos ministros que este governo teve demitiu-se para defender o país, e o segundo dos ministros que este governo teve demitiu-se para defender o país. O conselho de ministros aprovou uma lei ilegal para lavar as ilegalidades cometidas por aqueles dois ministros que este governo teve – a qual lei o Presidente da República ainda não promulgou, desde 8 de Agosto deste ano.

Portanto, para defender Portugal, os restantes ministros que este governo ainda tem – por igualdade e maioria de razão, uma vez que aprovaram unanimemente uma lei ilegal para lavar as ilegalidades cometidas por aqueles dois ministros que este governo teve – devem demitir-se para defender Portugal.

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Não tenho a mais modesta dúvida de que se todos eles se demitirem, defendem Portugal. E ficará a favor da defesa da sua dignidade… se possível no Céu!…

 

 

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5 de Outubro de 2015 at 16:33

«Vencer-te-ei de madrugada» – Rogerio Barroso

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RBB - escritor - de charuto - com nome

 

 

 

 

Vencer-te-ei de madrugada

em 20 de Abril de 2003, no escritório de Faro, após este interregno ditado pela agressão capitalista à Mesopotâmia,… a pátria mais antiga do Mundo Moderno.

 

 

… e podes desembarcar no cobarde esconderijo da noite por sob os céus da minha terra

e eu descobrirei a alvura do meu peito, e vencer-te-ei quando chegarem os raios da aurora…

 

… e podes trazer os teus bojudos aviões soberbamente carregados de bombas e mísseis

e eu olhar-te-ei calmamente do solo onde não consegues ver as faces dos que assassinas…

 

… e podes mandar os teus polícias cães de fila carregar sobre as multidões indefesas

e eu dar-te-ei firmemente as cruéis recordações de Bobby Sands na Irlanda…

 

… e podes carregar contigo os assaltantes, os corruptos, os mentirosos e os escroques

e eu denunciarei as vestimentas a que chamas democracia nos seus corpos emporcalhados…

 

… e podes encher os palácios que sofregamente assaltaste com vice-reis imbecis e idiotas

e eu lembrar-te-ei a História de duzentos anos das tuas brutalidades insanas e cruéis…

 

… e podes atacar com os teus exércitos de infelizes embrutecidos pela tua lenga-lenga fascista

e eu mandar-te-ei bajular com as vitórias que apregoaste nas guerras que nunca venceste…

 

… e podes trazer as tuas granadas de urânio e as tuas bombas de deflagração retardada

e eu presentear-te-ei com as cabeças que esfolaste, e os braços que arrancaste no Vietname…

 

… e podes organizar uma manada inteira de economistas, padres e advogados amansados

e eu mostrar-te-ei as mãos calejadas daqueles que têm de reconstruir o que a tu arrasas…

 

… e podes matar à sede e à fome as populações de todos os desertos que a tua gula deseja

e eu dar-te-ei lembranças dos teus embargos ao Japão, a Cuba, à Coreia, ao Irão, ao Iraque…

 

… e podes vender os teus tanques e os teus aviões assassinos aos teus amigos assassinos

e eu lembrar-vos-ei de todos os territórios que tiveram que abandonar no século passado…

 

… e podes inventar ou espalhar todas as pragas, o sida, o cancro, o escorbuto, a pneumonia

e eu ensinarei os povos a purgarem-se das tuas peçonhentas e escabrosas artes e manhas…

 

… e podes gabar-te ufanosamente da tua valentia táctica e da tua superioridade estratégica

e eu farei soprar os ventos do sul nas areias finas das noites gélidas do deserto suão…

 

… e podes vir com o imenso chorrilho das luzes e das cores diabólicas das tuas explosões

e eu agachar-me-ei entre os escombros da tua galopante e voraz fome de destruição…

 

… e podes beber todo o petróleo jorrante dos desertos até ficares bêbado e sulfuretado

e eu embalarei as danças e os cantares que acompanharão o desfile imenso do teu funeral…

 

… e podes, finalmente, saltar sobre as fogueiras que ateaste, chamando deuses e belzebus

e eu ficarei neste terreno, quieto e vigilante, e vencer-te-ei ao chegarem os raios da aurora…

 

 

 

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2 de Outubro de 2015 at 10:22

VANDA CABRITA – «Expressões»

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2 de Outubro de 2015 at 08:52

ANÍBAL MARTINS – «Promessas, promessas»

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2 de Outubro de 2015 at 08:39

VANDA CABRITA – «Ética»

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2 de Outubro de 2015 at 08:26

ANÍBAL MARTINS – «Autarcas multados» [Pela Democracia]

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Pela Democracia - logoANÍBAL MARTINS - «Autarcas multados» [Pela Democracia] {@30-09-2015}Aníbal Martins - logotipo

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30 de Setembro de 2015 at 05:23

«O Laranjal» – Rogerio Barroso

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O Laranjal

 

 

I.

Quando nós, os estudantes liceais da minha idade (quando eu tinha a idade de um estudante liceal), estudámos a disciplina de História Universal (a qual eu creio tenha sido substituída modernamente pela disciplina de história contada pelos sionistas donos dos estúdio de Hollywood), a primeira (a mais arrecuada no tempo útil até ao qual ia a nossa perspectiva de passado) nação que estudámos foi a Mesopotâmia.

A Mesopotâmia (explicava-nos o nosso professor de História Universal que queria dizer (vindo do Grego antigo) terreno entre dois rios, e que esses dois rios eram os assim chamados Tigre e Eufrates) situava-se assim como que numa espécie de estuário verdejante dos rios Tigre e Eufrates, que se juntavam finalmente, ao cabo do deserto, quase a chegar ao mar.

O território que bordejava e interiorizava tal estuário chamava-se, em árabe (na língua lá daqueles sítios), “Al cuvait”, que, traduzido para português, quereria dizer “O Laranjal”, alegorando a fruta mais quantitativamente existente naquelas terras férteis.

O Padre Jaime, de Santarém, nosso professor de Religião e Moral (que é aquela disciplina que se os pais não declararem, ainda hoje em dia, num impresso próprio dos liceus, que não querem que seja ministrada aos filhos, ela fica a contar não só para a assiduidade das crianças na escola, como até para o seu aproveitamento escolar) me dizia que nessa região da Mesopotâmia havia uma macieira que o Demónio, disfarçado de cobra, desceu (já na altura teria sido de cima para baixo), tentando o Adão para comer a maçã sem a mastigar, a pedido da Eva…

Tal região do tal dito “O Laranjal” já faz parte, muitos milhares de anos antes de nascer a nacionalidade (em 1143) de Portugal (país que agora é mandado por aquele rapazito do MRPP chamado Durão Dr. Barroso), e mais setecentos anos do que isso antes do nascimento do país que é dirigido por esse outro trapalhão que é filho do George Bush (antigo director da CIA), de um país (ao lado daquele outro país onde nasceu a medicina moderna, chamado Afeganistão) chamado Iraque.

Quando se deu aquela guerra (há doze anos) do Golfo, ainda era rei da América o antepassado (pai no Registo Civil) do actual Imperador da Imbecilidade. O sócio dos BUSH’s chamado Sadam Hussein, quis desfazer o abuso dos colonialistas ingleses (abuso esse cometido precisamente quando resolveram pôr fim à colonização desse território) – os quais tinham decidido dar a independência a essa província iraquiana antes de a concederem ao Iraque, fazendo dela um país independente para oferecer a um “cheique” (ou “xeque” ou “shake”) arábico, acrescentando muitos “RollsRoice” ’s   e gajas nuas no “harém” – e invadiu esse dito país novo, o Kuwait (que os amaricanos e, entre outros, os seus empregados jornalistas portugueses chamam “Caw wait”, que, em inglês, quer dizer “a vaca espera”).

Depois, confrontaram-se na I Guerra do Golfo a América e o Iraque. Os iraquianos tinham por objectivo não deixar aumentar a produção de petróleo, para não terem que dar aos estrangeiros seus fornecedores mais litros de petróleo pelos mesmos quilos de tomate ou de frango, e assim continuarem o desenvolvimento do seu país. Os amaricanos tinham por objectivo abater o seu anterior sócio Sadam bem como o seu regime político, e levar a sua democracia ocidental a todos os países da região.

A produção de petróleo na região não aumentou efectivamente, e o desenvolvimento do Iraque continuou, embora sob pesado embargo imposto pela dita comunidade internacional (…estes comunistas!!!…internacionais…).

Por outro lado, o Sadam não foi abatido, o regime não foi abatido, e a democracia ocidental não chegou a país nenhum da região. Em contrapartida final, a América bateu em retirada, porque a aventura saiu-lhes tão cara que arrombaram todas as “economias nacionais” do mundo.

 

II.

Nestes últimos doze anos, no entanto, a democracia ocidental acabou por chegar a dois países da região: a Palestina e a Turquia.

Na Palestina, prevenindo qualquer tentação de abuso democrático em defesa dos povos, o amaricano, por intermédio dos seus patrões sionistas, não aceitou a democracia que sonhou impor a partir da esperada vitória da I Guerra do Golfo, e continua a mandar matar dezenas de pessoas em cada dia, seja pela fome, seja pela doença, seja pela ansiedade, seja pelas suas queridas balas e bombas.

Na Turquia, o amaricano, tentou travar a mesma dita democracia que, neste caso, apeou, à chegada, o bando de generais por ele formados e armados. Assim, o amaricano começou por urdir uma trama a dizer (… estes comunistas!!!…internacionais…) que o vencedor das eleições não podia ser primeiro ministro, porque tinha dito mal lá do deus dele, e, na sequência de dezenas de mentiras propagandeadas pelos seus empregados da comunicação social, nomeadamente em Portugal, acabou por prometer milhares de milhões de dólares (e ainda não pagou a dívida da I Guerra do Golfo, que o pai do neto da puta ficou a dever à Turquia nessa altura) para os turcos deixarem a tropa amaricana instalar-se no seu país, para, a partir daí, esmagarem os curdos e atacarem os iraquianos.

Os países onde já existe a chamada democracia ocidental recusam cooperar com a mortandade que vai resultar da II Guerra do Golfo, a partir de daqui a poucos dias.

Os países onde os amaricanos sonharam impor essa democracia, e onde ela nunca chegou, até ao presente, como é o caso do Kuwait, estão agora a oferecer-se para que os amaricanos se lá vão instalar, carregadinhos de armas de assassínio em massa, avidamente necessitados dos hidrocarbonetos daquele subsolo.

 

III.

… a vaca espera…

 

RBB - escritor - de charuto - com nome

Written by RB Estudos, SA

29 de Setembro de 2015 at 10:01

RB (já velhote) – «Auto-Estima»

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Written by RB Estudos, SA

28 de Setembro de 2015 at 13:12

«O truque do Portas» – Rogerio Barroso

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RBB - escritor - de charuto - com nome

O truque do Portas

Em Faro, no escritório,

após o estudo das crónicas de Eduardo Lourenço e do Freitas do Amaral, publicadas na revista Visão da semana passada, enquanto bebi um café no Titanic, em 23 de Fevereiro de 2003

 

 

Zé Manel!

Não te desejo já uma boa saúde, porque não posso desejar-te aquilo que não desejas para os outros. Não te desejarei, no fim da carta, muitas felicidades para o futuro, porque não posso desejar-te aquilo que não desejas para os outros. Nem te mando um abraço de saudades, porque, como te tenho dito nas minhas anteriores cartas, já não tenho saudades tuas.

O ti’António Barroso, mê pai, entre os muitos ensinamentos que me deixou na sua herança, em frases curtas de alentejano do norte, disse-me, ainda eu era rapazote: “Nunca entres por uma porta aberta!”.

Depois ensinou-me que, para entrar, mesmo que a porta estivesse fechada, devíamos saltar o muro do quintal para as trazeiras. Mas esta parte não serve para ti, que nunca a aprenderias nem nunca a compreenderias. Para ti só se aplica a primeira frase.

Aquele Paulinho, que saiu – ou foi corrido!, não sei bem! – do PPD – aquando daquela coisa do “achincalhamento” do (dito como) professor de Boliqueime no Independente, e que depois apareceu no CDS do Monteiro – ao tomar conhecimento de que o Monteiro do CDS, por não se rever neste agora CDS daquele Paulo Portas, se propõe formar outro partido o qual deseja como enformando a “direita” nacional – vem a correr dizer duas coisas fundamentais – entre outros disparates, claro está!. – :

  1. que formar um partido de direita é dividir a direita – tal afirmação não constitui necessariamente uma novidade, porque do mesmo, em relação à esquerda, se queixou sempre o PCP àcerca das “manigâncias” divisionistas do PS e de Mário Soares, e defendeu o Salazar, na sua velha máxima: “Quem não é por mim, é contra mim!”.;
  2. que o seu CDS tem um compromisso absoluto com o PPD – agora PPD-PSD. -, tão estreito!, tão estreito!, que subscreve – em completa unicidade partidária – todas as posições deste e concorre com este em lista eleitoral única.

 

I.

Tu sabes, Zé Manel, como está a popularidade desse bando que trazes contigo, e que encabeça o que se chama hoje o PPD-PSD. E sabes quais as razões pelas quais a agora já esmagadora maioria do povo eleitor – talvez seja melhor dizer “do povo opinador”, visto que, neste momento, só posso referir-me a resultados de sondagens – deste país não te quer na governação.

Estás certamente lembrado do que aconteceu ao emprego dos trabalhadores, aos preços das coisas, às leis de trabalho, à sujeição dos bolsos populares à tirania fiscal, e também te lembras das facilidades concedidas pela tua governação aos criminosos – “off-shore” – não só em território português, mas permitindo-lhes actuar criminosa e desonestamente em Portugal (maxime no Algarve), e irem acoitar-se para locais como Gibraltar, qual gruta de Ali-Bábá, onde depositam os despojos dos seus “assaltos” -, e das tentativas – já quase conseguidas com o útil apoio da UGT – de desfigurar as leis do trabalho, transformando-as no Código do Direito do Patrão.

Eu sei que estás lembrado de tudo isto, porque foi há pouco tempo. Até andas aos gritos pela Assembleia a dizer que isto é tudo consequência da governação do Guterres Católico, como se a tua mãe tivesse tido alguma culpa de tu teres nascido, ou a mãe dele alguma culpa de ele ter nascido!… – uma vez que, como se sabe, tudo isso foi obra de Deus.

 

II.

Por este andar, já percebeste que, logicamente, a derrota do PPD-PSD está anunciada a pelo menos três anos da eleições – certamente percebeste, porque, senão, não fazia sentido a palhaçada da assinatura via NET p’ràquela coisa da guerra do tal “neto da puta” – porque filho é o pai! – a realizar no centro da Europa, no Afeganistão (estas já a decorrer), no Iraque (desde há doze anos para cá), a seguir no Irão, na Índia e, finalmente, na China (no entanto, é estranho que o Bush não te tenha convidado para o almoço com o asno do Aznar!!!.

E também já percebeste que, em cada ponto-chave de cada qual das grandes crises nacionais, atrás mencionadas, está uma figura do CDS-PP.

 

III.

Pois é bom que percebas então que, colando-se ao PPD-PSD, sob a tua égide:

  1. o CDS-PP será desresponsabilizado pelos terríveis resultados da governação que se vão acumulando,
  2. tu por eles – resultados da governação e CDS-PP – serás culpabilizado, no teu partido, dentro do partido do Paulo Portas e nos restantes de “direita”, bem como nos da “esquerda”, e ainda no país, na América e no estrangeiro,
  3. o CDS-PP acabará por subsistir como partido – como sempre aconteceu desde 1928 -, perdendo muitos dos seus votos para o CDS-MM – Centro Democrático Social do Manel Monteiro – e tendo que compensar com votos que tu estás a fazer perder ao PPD-PSD,
  4. e isto acontecerá sem nunca se saber, porque o CDS-PP quer ir a votos já coligado convosco.

 

IV.

Zé Manel! “Nunca entres por portas abertas!”, e, sobretudo, tem cuidado com as portas abertas, nã vás apanhar alguma constipação antes da bomba atómica…

Porta-te bem!

 

 

 

 

 

Written by RB Estudos, SA

27 de Setembro de 2015 at 18:02

RB (já velhote) – «As regras» {@27-09-2015}

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Written by RB Estudos, SA

27 de Setembro de 2015 at 13:04